terça-feira, 30 de setembro de 2014

Lembre-se de que você é a fonte



Alguém insultou você — a raiva irrompe de repente e você fervilha de raiva. A raiva está fluindo na direção da pessoa que o insultou. Agora você projetará toda essa raiva sobre o outro.

Ele não fez nada. Se insultou você, o que ele fez de fato? Só lhe deu uma alfinetada, ajudou a sua raiva a aflorar — mas a raiva
é sua.

O outro não é a fonte; a fonte está
sempre dentro de você. O outro está atingindo a fonte, mas, se não houvesse raiva dentro de você, ela não poderia aflorar. Se você bater num buda, só provocará compaixão, porque só existe compaixão dentro dele. A raiva não vai aflorar porque não existe raiva.

Se você jogar um balde num poço vazio, ele voltará vazio. Se jogar um balde num poço cheio de água, ele sairá de lá cheio de água, mas a água será do poço. O balde só a
ajudou a vir para fora.

Portanto, a pessoa que o insultou só está jogando um balde em você, e ele sairá de lá cheio de raiva, do ódio ou do fogo que existe em você.
Você é a fonte, lembre-se.

Para praticar esta técnica, lembre-se de que você é a fonte
de tudo o que projeta sobre os outros. E sempre que sentir uma disposição a favor ou contra, no mesmo instante volte-se para si e busque a fonte de onde o ódio está partindo.

Fique centrado ali; não dê atenção ao objeto. Alguém lhe deu a chance de tomar consciência da sua própria raiva; agradeça-o imediatamente e esqueça-o. Feche os olhos,
volte-se para dentro e agora olhe a fonte de onde esse amor ou essa raiva está vindo.

De onde ela vem? Vá para dentro de si mesmo, volte-se para dentro. Você
descobrirá ali a fonte, pois a raiva está vindo dali.

O ódio, o amor ou seja o que for, tudo vem da sua fonte. E
é fácil encontrar a fonte quando você está com raiva, ou sentindo amor, ou cheio de ódio, porque nesse momento você está quente. É fácil voltar-se para dentro nessa hora.

A fiação está quente e você pode senti-la dentro de você e se guiar pelo calor. E, quando atingir um ponto frio interior, descobrirá de repente
uma outra dimensão, um mundo diferente abrindo-se para você. Use a raiva, use o ódio, use o amor para mergulhar em si mesmo.

Um dos maiores mestres zen, Lin Chi, costumava dizer: "Quando eu era jovem, adorava
andar de barco. Eu tinha um barquinho e remava sozinho num lago. Eu ficava ali durante horas.

"Uma vez, eu estava no meu barco, de olhos fechados, meditando, numa noite esplêndida. Então um outro barco veio flutuando, trazido pela corrente, e bateu no meu. Meus olhos estavam fechados, então eu pensei. 'Alguém bateu o barco no meu'.
Enchi-me de raiva.

"Abri os olhos e estava a ponto de vociferar algo para o homem, quando percebi que o barco
estava vazio! Então não havia onde descarregar a minha raiva. Em quem eu iria extravasá-la? O barco estava vazio, à deriva no lago e tinha colidido com o meu. Então não havia nada a fazer. Não havia possibilidade de projetar a raiva num barco vazio."

  Então Lin Chi continuou: "Eu fechei os olhos. A raiva estava ali. Mas não sabia como extravasar. Eu fechei os olhos simplesmente e flutuei de volta com a raiva. E esse barco vazio tornou-se a minha descoberta. Eu atingi um ponto dentro de mim naquela noite silenciosa.
  Esse barco vazio foi meu mestre.
  E, se agora alguém vem me insultar, eu rio e digo: 'Esse barco também está vazio'. Fecho os olhos e mergulho dentro de mim".
Osho

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

QUEM SOU EU ?





QUEM SOU EU ?

"Você não pode encontrar a Verdade, porque a verdade é quem nós somos. 
Pelo contrário, temos que nos despir de tudo aquilo que fomos adotando da sociedade, descascando camada por camada, como se fôssemos uma cebola, pensando no recolhimento interior ... "Quem sou eu?" ... Descartando tudo aquilo que social, biológica e psicologicamente acreditamos ser. 

Quando tudo o que é falso desvanece, quando tudo o que você pensou que era entrar em colapso, e todas as suas crenças sucumbirem, chegará o momento em que você faz a pergunta, mas não tem mais respostas, apenas um silêncio agudo, o que à primeira vista pode assustar você, porque é rara a vez que esteve ciente de seu silêncio interior. 

Apenas nesse momento, a sua essência, o Ser, a Verdade que se manifestam sob a forma de "silêncio sem forma" (e até hoje, vive enterrado no meio de seus pensamentos, sonhos, medos e expectativas, no meio de tal falsidade, entre as sombras ocultas de sua mente profunda, no meio do ego você pensa que é) você pode finalmente florescer ... ".

Om Namah Shivaya!
EDUARDO CE

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Dez Coisas que Levei Anos Para Aprender (L.F.V.)

     
Dez Coisas que Levei Anos Para Aprender 

1. Uma pessoa que é boa com você, mas grosseira com o garçom, não pode ser uma boa pessoa.

2. As pessoas que querem compartilhar as visões religiosas delas com você, quase nunca querem que você compartilhe as suas com elas.
3. Ninguém liga se você não sabe dançar. Levante e dance.
4. A força mais destrutiva do universo é a fofoca.
5. Não confunda nunca sua carreira com sua vida.
6. Jamais, sob quaisquer circunstâncias, tome um remédio para dormir e um laxante na mesma noite.
7. Se você tivesse que identificar, em uma palavra, a razão pela qual a raça humana ainda não atingiu (e nunca atingirá) todo o seu potencial, essa palavra seria “reuniões”.
8. Há uma linha muito tênue entre “hobby” e “doença mental”.
9. Seus amigos de verdade amam você de qualquer jeito.
10. Nunca tenha medo de tentar algo novo. Lembre-se de que um amador solitário construiu a Arca. Um grande grupo de profissionais construiu o Titanic.
Luís Fernando Veríssimo

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

O PROPÓSITO DA TERAPIA (OSHO)



“ O propósito da terapia é levá-lo ao ponto onde você possa ver a sua falta de naturalidade . 
  O propósito é simplesmente torná-lo consciente de onde você está, do que fez a si mesmo – o mal que tem sempre causado e ainda está causando, as feridas que está criando em seu próprio ser.
 Cada uma das feridas tem sua assinatura – esse é o objetivo da terapia, fazer com que você se dê conta de sua assinatura; que as feridas levam sua assinatura, que ninguém mais as tem causado; que todas as correntes que o envolvem são criadas por você; que a prisão na qual você vive é obra sua.
 Ninguém a está fazendo para você.”

 Osho

sábado, 13 de setembro de 2014

DEUS (BY SPINOZA)




DEUS SEGUNDO SPINOZA 

“Pára de ficar rezando e batendo o peito! O que eu quero que faças é que saias pelo  mundo e desfrutes de tua vida. Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que Eu fiz para ti.
Pára de ir a esses templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo construíste e que acreditas ser a minha casa.
Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nos lagos, nas praias. Aí é onde Eu vivo e aí expresso meu amor por ti.
Pára de me culpar da tua vida miserável: Eu nunca te disse que há algo mau em ti ou que eras um pecador, ou que tua sexualidade fosse algo mau.
O sexo é um presente que Eu te dei e com o qual podes expressar teu amor, teu êxtase, tua alegria. Assim, não me culpes por tudo o que te fizeram crer.
Pára de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo. Se não podes me ler num amanhecer, numa paisagem, no olhar de teus amigos, nos olhos de teu filhinho... Não me encontrarás em nenhum livro!
Confia em mim e deixa de me pedir. Tu vais-me dizer como fazer meu trabalho?
Pára de ter tanto medo de mim. Eu não te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem te incomodo, nem te castigo. Eu sou puro amor.
Pára de me pedir perdão. Não há nada a perdoar. Se Eu te fiz... Eu te enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio. Como posso te culpar se respondes a algo que eu pus em ti? Como posso te castigar por seres como és, se Eu sou quem te fez? Crês que eu poderia criar um lugar para queimar a todos meus filhos que não se comportem bem, pelo resto da eternidade? Que tipo de Deus pode fazer isso?
Esquece qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei; essas são artimanhas para te manipular, para te controlar, que só geram culpa em ti. Respeita teu próximo e não faças o que não queiras para ti. A única coisa que te peço é que prestes atenção a tua vida, que teu estado de alerta seja teu guia.
Esta vida não é uma prova, nem um degrau, nem um passo no caminho, nem um ensaio, nem um prelúdio para o paraíso. Esta vida é o único que há aqui e agora, e o único que precisas.
Eu te fiz absolutamente livre. Não há prêmios nem castigos. Não há pecados nem virtudes. Ninguém leva um placar. Ninguém leva um registro.
Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno.
Não te poderia dizer se há algo depois desta vida, mas posso te dar um conselho. Vive como se não o houvesse. Como se esta fosse tua única oportunidade de aproveitar, de amar, de existir. Assim, se não há nada, terás aproveitado da oportunidade que te dei.
E se houver, tem certeza que Eu não vou te perguntar se foste comportado ou não. Eu vou te perguntar se tu gostaste, se te divertiste... Do que mais gostaste? O que aprendeste?
Pára de crer em mim - crer é supor, adivinhar, imaginar. Eu não quero que acredites em mim. Quero que me sintas em ti. Quero que me sintas em ti quando beijas tua amada, quando agasalhas tua filhinha, quando acaricias teu cachorro, quando tomas banho no mar.
Pára de louvar-me! Que tipo de Deus ególatra tu acreditas que Eu seja?
Aborrece-me que me louvem. Cansa-me que agradeçam. Tu te sentes grato? Demonstra-o cuidando de ti, de tua saúde, de tuas relações, do mundo. Sentes-te olhado, surpreendido?... Expressa tua alegria! Esse é o jeito de me louvar.
Pára de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que te ensinaram sobre mim. A única certeza é que tu estás aqui, que estás vivo, e que este mundo está cheio de maravilhas. Para que precisas de mais milagres? Para que tantas explicações?
Não me procures fora! Não me acharás. Procura-me dentro... aí é que estou, batendo em ti.



Baruch Spinoza.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

TAO (CAMINHO)

Tao significa caminho sem nenhum objetivo; simplesmente o Caminho.

Há 25 séculos, Lao Tzu foi corajoso ao dizer às pessoas que não há objetivo e que não estamos indo a lugar nenhum. Estamos
apenas indo para estarmos aqui, então torne o tempo tão belo, tão amoroso e tão alegre quanto possível.

Ele chamou sua filosofia de Tao, e Tao significa
o Caminho. Muitas pessoas lhe perguntaram: "Por que você escolheu o nome Tao? Pois você não tem nenhum objetivo na sua filosofia".

Ele respondia: "Especificamente por essa razão escolhi chamá-lo de 'o Caminho', para que ninguém se esqueça de que não há objetivo, mas
apenas o Caminho".

O Caminho é belo, está repleto de flores e
fica cada vez mais belo à medida que a sua consciência fica cada vez mais elevada.

No momento em que você atinge o ponto culminante, tudo se torna tão doce, tão extasiante, que de repente você se dá conta de que este
aqui é o lugar, este é o lar. Desnecessariamente você estava correndo para lá e para cá.

Assim,
cancele todas as passagens que você reservou! Não há nenhum lugar para ir.


 Osho, em "Tao — Sua História e Seus Ensinamentos"