DESAPEGO...
“Todas as
nossas misérias e sofrimentos não são nada mais do que apego. Toda a nossa
ignorância e escuridão é uma estranha combinação de mil e um apegos. Nós
estamos apegados a coisas que serão levadas no momento da morte, ou mesmo,
talvez, antes. Você pode estar muito apegado a dinheiro, mas você pode ir à
bancarrota amanhã. Você pode estar muito apegado a seu poder e posição, mas
eles são como bolhas de sabão. Hoje eles estão aqui; amanhã eles não deixarão
nem um traço. (…)
Todas as
nossas posições, todos os nossos poderes, nosso dinheiro, nosso prestígio,
respeitabilidade são todos bolhas de sabão. Não fique apegado a bolhas de
sabão; senão, você estará em contínua miséria e agonia. Essas bolhas de sabão
não se importam por você estar apegado a elas. Elas continuam estourando e
desaparecendo no ar e deixando-o para trás com o coração ferido, com um
fracasso, com uma profunda destruição de seu ego. Elas o deixam triste, amargo,
irritado, frustrado. Elas transformam sua vida num inferno.
Compreender
que a vida é feita da mesma matéria que os sonhos é a essência do caminho.
Desapegue-se: viva no mundo, mas não seja do mundo. Viva no mundo, mas não
permita que o mundo viva dentro de você. Lembre-se que ele é um belo sonho,
porque tudo está mudando e desaparecendo.
Não se
agarre a nada. Agarrar-se é a causa de sermos inconscientes.
Se você
começar a se desprender, uma tremenda liberação de energia acontecerá dentro de
você. A energia que estava envolvida no apego às coisas trará um novo amanhecer
ao seu ser, uma nova luz, uma nova compreensão, um tremendo descarregar –
nenhuma possibilidade para a miséria, a agonia, a angustia.
Ao
contrário, quando todas essas coisas desaparecem, você se encontra sereno,
calmo e tranqüilo, numa alegria sutil. Haverá um riso no seu ser. (…)
Se você
se tornar desapegado, você será capaz de ver como as pessoas estão apegadas a
coisas triviais, e quanto elas estão sofrendo por isso. E você rirá de si
mesmo, porque você também estava no mesmo barco antes. O desapego é certamente
a essência do caminho.”
(OSHO).
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