segunda-feira, 23 de outubro de 2017

SHUNYATA

“Shunyata” em sânscrito é a tradução da palavra Vazio, no qual tem sido muito mal compreendida pelas pessoas, porque a palavra tem uma conotação negativa. Quando ouvimos a palavra “vazio”, pensamos em alguma coisa negativa.
Na linguagem de Buda, o vazio não é negativo; o vazio é absolutamente positivo, mais positivo do que sua suposta plenitude, porque o vazio esta cheio de liberdade: todo o resto foi removido. Ele é espaçoso, todas as fronteiras foram abandonadas. Ele não tem fronteiras, e somente num espaço sem fronteiras a liberdade é possível. O vazio de Buda não é o vazio comum, ele não é apenas ausência de algo; é a presença de algo invisível.

Por exemplo, quando você esvazia seu quarto. À medida que você remove a mobília, os quadros, e as coisas que existem lá dentro, o espaço se torna vazio por um lado; mas por outro lado, algo invisível começa a preenchê-lo. Essa invisibilidade é “espacialidade”, amplidão; o quarto fica maior. À medida que você remove as coisas, o espaço vai se tornando cada vez maior e maior. Quando tudo é removido, até as paredes, então o espaço fica tão amplo quanto o céu.

Esse é todo o processo de meditação: remover tudo; remover-se tão totalmente a ponto de não sobrar nada, nem mesmo você! Nesse completo silêncio está a liberdade. Nessa completa quietude cresce o lótus de mil pétalas de liberdade. E uma deliciosa fragrância é liberada: a fragrância da paz, da compaixão, do amor, da bem aventurança.  

( Osho- “ A Descoberta do Buda”).

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